a vida é apenas o cenário onde preparo a saída do poema, é o verde humilde que está prestes a morrer. enclausurada, uma barra de ferro brilha repetições nos ombros e nas costas -afilhada cinzenta das tragédias gregas! a vida é uma sucessão de jogos: entre o relógio de areia e a casa de porcelana quente, entre o cavalo de barro vermelho e adão, cego, bebendo enxofre da mulher triangular.
a neblina do próprio Eu adensa-se e no nome do silêncio maduro as estrelas perdem-se nas cavernas forradas de ouro -lâminas cortando simétricas as revoluções crepusculares.
que outro simulacro abre fendas no coração do homem que se ajoelhou de cabeça baixa sem honra nem orgulho -mármore negro. que tarde finda traz a mulher com a criança nos braços e na sua rédea a foice cansada do campo de trigo. para quando a palavra perfeita que na virtude se acende de morte ou de ideia.
na ampla paisagem da vida onde o mar de Todavia revela-se na gaveta, o tempo do sonho alimenta-se da constelação dos planetas profundos e a mulher liberta a criança do Nada e dá-lhe o leite do seu peito, enquando o homem ergue a cabeça da razão e o que fica do passado é o simples desgaste de um abraço interminável de dor e de palavras.
segunda-feira, 1 de abril de 2013
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