terça-feira, 19 de junho de 2012

sobre um poema de Joao Bentes, tudo se resume a: comer ameijoas do tamanho de quem se esforça a trabalhá-las.

terça-feira, 27 de março de 2012

nunca disseram o meu nome.nunca, me disseram que, o diriam em voz alta.duvido que alguém o faça..a não ser o luis, o meu bom luis. a essência do meu eu estará sempre no corpo dentro e não nas calças esquisitas que eu uso. os outros passarão fome das palavras eu passo a fome pela boca. passo fome sim. se é isso que importa para que apareça o meu nome no correio da manhã

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O Aleph

O Aleph (no original, El Aleph) é um livro de histórias curtas de Jorge Luis Borges, publicado em 1949 e contendo, entre outros, o conto que dá nome ao livro. Ambos são representativos do estilo de Jorge Luis Borges e da escola literária latino-americana do realismo mágico da qual ele é indicado como uma das manifestações mais originais[1].

Os contos do livro Aleph são: O imortal; O morto; Os teólogos; História do guerreiro e da cativa; Biografia de Tadeo Isidoro Cruz (1829-1874); Emma Zunz; A casa de Astérion; A outra morte; Deutsches Requiem; A busca de Averróis; O Zahir; A escrita de Deus; Abenjacan, o Bokari, morto no seu labirinto; Os dois reis e os dois labirintos; A espera; O homem no umbral; e, finalmente, O Aleph.

Quanto ao conto, Aleph, especificamente o protagonista, depara-se com a possibilidade de conhecer o ponto do espaço que abarca toda a realidade do universo num local bastante inusitado: na cave de um casarão situado em Buenos Aires, prestes a ser demolido. Este ponto recebe a alcunha de Aleph - a letra inicial do alfabeto hebraico, correspondente ao alfa grego e ao a dos alfabetos romanos.

A ideia de unidade na multiplicidade é tema borgiano por excelência e, no conto em apreço, sua exposição literária é primorosa.

FONTE: dictionary.sensagent.com

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

em cada ato
a caneta sobe à malha da vida
sobe à fortuna das perguntas
à idade das ilhas modernas
à idade das cidades da tinta queimada
respira o dia seguinte
o dia negro que é da terra
que ainda é do dia-terra
boceja as palavras homem-ritmo
e a música acompanha-a
em cinco braçadas da respiração
para forçar a hora para forçar a ida

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

ao Sr.Ene

queria morrer mais cedo
mais cedo ainda do que os anos vividos
porque nada disto me interessa
porque nada disto
se ausenta nos passos dados à sepultura

os livros a encher-se nas prateleiras
as mãos serão sempre de marfim feitas

queria morrer mais cedo
dentro do homem dentro da planta da cidade lenta
queria possuir a morte
ou a morte antes desta que me visita mais cedo
queria

que dor se escreve na morte visitante
que morte? para quem escreve a dor