"Não conseguiria raciocinar numa floresta, a razão fugiria por entre as árvores mas dentro de um cofre bem fechado, isso sim, era preciso não sermos loucos para que a razão funcionasse"
O espaço net-poético é recorentemente surpreendente Lugares desconhecidos Espaços por conhecer Onde a Outra Palavra É difusamente semelhante Singularmente diversa
"Fragmentação" é um momento único e memorável
A poesia (forte, simbólica, impressiva, na excelência)
A declamação (o tom, forte mas com convincentes nuances, as pausas, adequadas)
A imagem (a perfeita intersecção com a palavra, tornando-a figura, sobrepondo-lhe uma imagética muito convergente com o que se diz no poema)
O desempenho do actor (as expressões faciais, muito correspondentes o verso, os movimentos, sublinhando-se a cena dos braços abertos em rodopio, nomeadamente a perfeita ligação ao verso – voar, tempo, prisão)
A música (confesso que sempre hesito na inclusão de banda sonora numa declamação, porque a conjugação da palavra declamada com o som é uma tarefa complexa, mas, neste caso, o som é muitíssimo adequado, belo só por si, e a harmonização dos sons com o poema/imagem funciona de uma forma sedutora e fulgurante)
A legendagem (ainda um exercício complexo, mas também neste particular muito conseguida, porque incluída nos momentos exactos e com a parcimónia adequada)
O cenário (os espaços, o jogo de iluminação e sombras, os adereços, com inevitável referência à banheira em estilo retro, os pormenores, por exemplo o tapete vermelho debaixo da banheira e o inerente simbolismo – luxuria, angustia, fogo)
A realização e a edição (inquestionavelmente profissional)
"Não conseguiria raciocinar numa floresta, a razão fugiria por entre as árvores mas dentro de um cofre bem fechado, isso sim, era preciso não sermos loucos para que a razão funcionasse"
O espaço net-poético é recorentemente surpreendente
ResponderEliminarLugares desconhecidos
Espaços por conhecer
Onde a Outra Palavra
É difusamente semelhante
Singularmente diversa
"Fragmentação" é um momento único e memorável
A poesia (forte, simbólica, impressiva, na excelência)
A declamação (o tom, forte mas com convincentes nuances, as pausas, adequadas)
A imagem (a perfeita intersecção com a palavra, tornando-a figura, sobrepondo-lhe uma imagética muito convergente com o que se diz no poema)
O desempenho do actor (as expressões faciais, muito correspondentes o verso, os movimentos, sublinhando-se a cena dos braços abertos em rodopio, nomeadamente a perfeita ligação ao verso – voar, tempo, prisão)
A música (confesso que sempre hesito na inclusão de banda sonora numa declamação, porque a conjugação da palavra declamada com o som é uma tarefa complexa, mas, neste caso, o som é muitíssimo adequado, belo só por si, e a harmonização dos sons com o poema/imagem funciona de uma forma sedutora e fulgurante)
A legendagem (ainda um exercício complexo, mas também neste particular muito conseguida, porque incluída nos momentos exactos e com a parcimónia adequada)
O cenário (os espaços, o jogo de iluminação e sombras, os adereços, com inevitável referência à banheira em estilo retro, os pormenores, por exemplo o tapete vermelho debaixo da banheira e o inerente simbolismo – luxuria, angustia, fogo)
A realização e a edição (inquestionavelmente profissional)
Uma performance poética memorável
Parabéns
Abraço