domingo, 10 de outubro de 2010

A cabeça tem um adeus em chamas
No dobrar da caneta
Como queimasse
Os cantos às cegas
Em tua direcção.

-a temperatura das forças

Se me permites,
Sou a empregada da casa guarda-roupa
Rindo berlindes distorcidos no chapéu chuva.
E tu,
Morando na pele de qualquer ser extinto.

-sabes da barba por fazer
Da garganta em flor
Numa garrafa de vidro sangue

A ginja tem um hálito fresco como
Sempre foras doce
-E como me dói a traqueia.
A lâmpada.

-se ao menos
O gesto do ferro fosse a empregada.

2 comentários:

  1. gostei da expressão "no dobrar da caneta". gostei do poema.

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  2. os cães fogem cedo
    antes que chuva caia
    sentem o cheiro do futuro
    no pelo

    e o seu ladrar
    como aviso displicente
    é já um arco-iris opaco
    aos pés da poltrona do dono


    ass.: o poeta das caixas de comentários

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