espero que o deus-fogo
rangendo os denteslance à solidão da rua
uma lua fulminante aos ídolos!
porque toda a vida menti
e minha felicidade hipócrita ri
ciosa da minha pobreza.
acordo a blasfémia,
uma criança exuberante lambe
bonecos de guloseimas,incansavelmente,
é a sua língua
o mundo profundo, mais profundo
do que a dor.
lamina enferrujada
rasgando o corpo.
bebo o vinho
e desprezo o deus-fogo.
o equilibrista dança,
é o ser mais solitário, o mais melancólico
antes de nascer o sol.
e se alguma vez duvidei
percebi que
é esta a estrela mais brilhante
da noite negra.
Noite negra,
nuvens metamorfoseadas
do desejo de mil seios.
prefiro ainda assim a criança
hálito do vinho
sussurrando ao ouvido
porque śo assim desmascaro
os sete rostos da mentira
e só o tempo me fará encontrar
o mais naíf instante
em que fui verdadeiro.
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