é de pó este corpo liquido
e o cálcio
à memoria do fogo
explode
sono
as veias
a respiração das veias
e os dias sao câmaras escuras
da ave
resta-lhe o sol
no bater de asas
e o poeta
é a erosão das estrelas
uma vulnerável metáfora
tatuando o tempo pelos lábios
dividindo as palavras
as palavras e a casa
devora os ossos
como quem ama as pedras
é feito de fome
o poeta
as aves
e a respiração das veias.
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É fome, é febre, e suspirantes palavras em metalinguagem suspiram = poema! Estou lendo suas composições e impressionadissima com as palavras tecidas e destecidas por aqui, abraços!
ResponderEliminartenho de dizê-lo: é uma surpresa.
ResponderEliminartodos os teus poemas nos conduzem a um beco, sem saída, desses que a maior parte das vezes evitamos por receio de nos perdermos dentro de nós mesmos. bom é ler ainda estas saídas, fiel o verbo mudar no presente do indicativo de uma certa morte. obrigada.