Tenho o medo nas mãos a languidez dos ossos
O sal
Que esmaga contra a carne o sarro das ruas
Assim como as palavras sendo
Cães desenhados nos rostos urbanos
Frémito crepuscular na escuridão
No silêncio Ausência hoje
Porque à muito partiu em trabalhos
a ansiedade veloz
Voou
Contigo como sempre estive aguardando-te
Tocando em outro corpo a carne
O lápis aceso no interior do que fui
Regressa a este lugar que julguei perdido este que subtilmente
Aquece quem levanta a voz
No azul dos rabiscos
E por instantes viajo pelo gelo que lavram os teus dedos.
Não inverno nem qualquer outra estação
Apenas nós
E tão sós estamos
Tenho o medo nas mãos do cinzel na lápide
Porque escrevo a luz dos teus afagos
Prova-me outro lugar Uma lâmpada
De fio humano
Enquanto fecho os olhos querendo
Que me encontres
No magro hálito da boca fragmentada.
-no alpendre da noite
Ainda vive em mim o que sentimos.
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
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