somos da letra viva do substantivo,
a aorta do verbo Ser
e outras tantas arvores
de folha verde por queimar.
vociferamos como quem derrete o mel
pelos dedos e chupamos até ao osso
as caveiras do pensamento nado.
cada palavra que incomoda,
a certeza de um avanço no tempo.
beijamos a nostalgia como quem
suicida os ideais alternativos de quem passa.
para quando a superioridade
de saber tudo e do nada saber?
por acaso a morte já namorou por aqui?
porque sinto este espaço de gelo sentido.
sento-me e contemplo as letras
cavalgando umas atrás das outras
como silencio nas pupilas penetrantes.
que eu nao tenha culpa de ser palhaço que
se ri alarvemente neste anfiteatro,
onde as cortinas ardem e os corpos sao de lava.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
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