É claro, o que não fiz foi
ouvir o álbum Mule (Tom Waits)
Como que isso me levasse ao inferno de Dante
Tendo desistido honestamente
Da fase de ser louco.
Já a coisa se transfigurava no pensamento
Tornando-me mordaz
Irónico humorístico
E artístico
-Havemos la chegar com as cavalarias
Aos cem de cada vez.
Nunca antes,
Racionalizar este dom de conduzir
as palavras pelas fileiras de formigas dos resistentes tradutores
Infiltrados e manifestados no cérebro
de um rato.
A denominação da palavra escrita surge
Agora,
como um dedo "vaselíneo" enfiado no rabo,
Sodomiza e suaviza os mais desconcertados
Pensamentos alegóricos.
Espumam de felicidade os domínios materiais
Sem nunca esquecer, porem,
O contributo da palavra usada.
Vitima de pudor, Existe como conduta,
acelerando a meia calça de ressaca.
esta ideia previne ,as "burguesias" de
apertarmos as mãos uns aos outros
ou então do cajado pelas costas abaixo
e para cima
De pendentemente do pau e da mão manejadora.
Já o imaginário assiste conformado
Com as horas que passará num espaço fechado
Com loucos semi-nus.
A manifestação instala-se
Como quisesse partilhar esta inocente viagem.
Mergulha assim,
No espesso liquido das transformações faciais,
Aí ,
deparamos com duas previsíveis questões
-As formigas são de ordem social organizadas
-E os ratos são os pesadelos de debilidade mental.
Por esta razão,
Nunca devemos imitar as formigas alegoricamente,
Estas não usam etiquetas nas suas pernas,
Desenvolvem-se através dos seus excrementos sedentários
Como pratica de viveram boca com boca,
Nádega com nádega.
Na realidade constatada,
Mais próximas de nós estas se encontram,
Basta reparar com quem nos cruzamos diariamente nas ruas,
-Olhem lá o viaduto com mais atenção.
No segundo épico da mortalidade natural das coisas
Os ratos, débeis mentais,
Escrupulosamente,
Aproveitam-se dos canos de esgoto da cidade
Já estes, os canos de esgoto,
Encontram-se à superfície.
É de louvar toda esta magnitude perante o ímpeto social.
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