quinta-feira, 24 de junho de 2010

chuvas a r

queria dizer-te lá fora o amor,
deixar-te, se bem me lembro melancolia
nas chuvas de r
sem esperança para o novo amanhecer
talvez a noite
no jardim onde se senta o corpo
o banco;
de nada trazia senão a benevolência
moldada na boca fechada
um cigarro fora.
numa cala,
uma menina aproxima-se e fala-me
com as mãos em meus ouvidos -embriagados
os ombros.
sentir a epiderme dos seus lábios.
sabendo ouvir os dedos brincarem no rosto.

2 comentários:

  1. "uma menina aproxima-se e fala-me/ com as mãos em meus ouvidos (...)/ sentir a epiderme dos seus lábios./ sabendo ouvir os dedos brincarem no rosto"

    Gostaria muito de ouvir este de viva voz (para estudar o tom com que o dirias) num DRACULEA Café Poesia...;)

    P.S.: vê é se a menina não se transforma numa velha! Ahahahah:
    http://minguante.com/?num=10&textos=valter_ego

    ResponderEliminar
  2. para ti, porque sim: http://texto-al.blogspot.com/2010/08/rafeiro-canino-vadio-por-gavine-rubro.html

    ResponderEliminar