sexta-feira, 18 de setembro de 2009

da luz do abismo

sinto uma fadiga esquelética
todas a vezes que fecho os olhos
para te contemplar,
recuso abri-los!
aguentarei nas pernas este corpo
estático
mesmo que fique pálido, doente, de tão magro
porque prefiro beber-te
e tu sugares-me o ser.
sinto
a serenidade, de cada vez
que o meu coração palpita
e a melancolia desaparece
porque partilhamos o mesmo sentimento de luz

tu és luz!

o sol que me acompanha
no tempo do tempo
e o meu corpo condenado ao castigo de viver
por te amar tanto.
houve um momento
em que me senti abandonado
quando outros visitaste primeiro
contudo
irradiada de felicidade vieste
para me levares no teu breve sono
já os meus olhos te abençoavam
e os meus braços desfaleciam...
e voavam
e voavam para ti!

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