quarta-feira, 16 de setembro de 2009

apoteose da morte

como construi esta lucidez de
-lava
massajando a carne
-nupcial
o rosto que nao morre
quando bebe das entranhas
o reflexo da vida
-liquida
sei-o
porque o vi enternecido
nasceu do ventre
-visceral
este coagulo espesso.
bebemos agora o sangue
e nos lábios
apenas uma voz que já fora
-desfalece
somos apenas sombra
a que come o
-silencio
e que no vazio respira
-suicidio
pudera no coraçao dos
-ossos
encontrar respostas
e tambem em ti me encontrava
as
-flores
de cinza feitas
o polen que das lagrimas
-ardem.

regressaste na palavra
-mae
no simbolo do leite sólido
tua pele de
-mármore
e eu mordo todas as petalas
-celestiais
na ansiedade
de provar o teu coraçao esquivo
qual
-memória
de pedra nas mesmas ruas de cinza
se cruzam
sombras e
-abismo
do murmurio lento
salgam os ouvidos
veem de longe
dissimuladas bigornas feudais
-ferram-te
submersos passaros de
-vidro
raros foram os dias
em que dançavam-nos
-fogo
em todos os poros
somos agora a erosao da
-terra
o nucleo erecto da
-boca
o alcool que triste adormece nas veias
e o azul do anus
-apoteose que da morte
se faz letra viva.
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