sexta-feira, 18 de setembro de 2009

por detrás do cenário

hei-de nascer por detrás do cenário
um velho
pela liberdade percursionista
das baquetas cansadas
alimentando-se de melancolia
pela virtude e castigo
veneno
ao suspiro da tolerância
de corpo aberto
ser comediante inocente
pela velha fadiga velha
próximo da lua
ao choro amargo, divaga
tendo como justiça
o eterno, velho carrasco
e selvagem animal que é
embriagado verga o
velho libertino
das novas nascentes de praga
vomita velhas palavras
dos velhos fantasma da magoa
e morre pelo consumo,
ladrão do elogio encontrado.

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