sexta-feira, 18 de setembro de 2009

cão epidérmico

tuas veias estão podres
ó malabarista repugnante
és um murchar lacrimoso
no caminho do idiótico
tu que cantas contemplatividade
da tinta que escorre pelos dedos
de palavras carregadas de esgoto
tem vergonha!
ó fantasma encharcado de imundice
tuberculoso da inocente volúpia
bicho adormecido mal-cheiroso
verme amargo desdentado és
quando te comes!
tropeças e iludes a dignidade dos homens
e perdes-te no engano dos artificies
ó dejecto da inspiração intelectual
tens o sorriso degenerado
e teus olhos brilho de ladrão.
a tua desonra há-de chegar
ó cao epidérmico asqueroso
e cairás nas sombras
sentindo o frio da terra de Janeiro
desaparece!
ó morcego...sanguessuga desmiolada!
louvar-te é um zumbido de moscas
quando te banqueiam no bater de asas
ó demente parasita cobarde.

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