respiramos e da palavra nasce o regresso dos lunáticos
avivam a alma e abrem o corpo ao corpo desnudado
uma pequena morte os acompanha
permanecem nas gavetas outros escritos da memória distante
de um outro corpo de um outro caminhante
é bom falar para o coração da noite
no encontro do silêncio sangue na passagem do suícida
e no nascimento da ossificação da flor breve
nas ruas a imensidão das horas
no corpo a casa
que casa agora que casa agora
um ultimo beijo deixo às matérias sensíveis
aos homens magma
pois o húmus é longo e àgil na pedra da fraternidade
que casa agora
rebentam últimos suspiros ao mar revolto
e é das raízes
o som que eu reclamo as que nascem no fundo do ventre
como as amo
escalam neves e pedra-lágrima
e adormecem nas areias àridas
sao a erosão da terra e feitas da lucidez de quem ama
sao os seus antepassados celestiais
vem comigo agora vem comigo agora
derramamos o vinho encostamo-nos ao tempo
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