o personagem do imaginário
aprecia a experimentação
e partilha as suas visões da vastidão do cosmos,
tem como imagem um quadro simétrico inútil,
problemático pela sua exactidão
entre a concepção e execução,
motivado pelo desgaste do uso do timbre mais hábil.
o personagem do imaginário
procura o sucesso inefável pela lança do esquizofrénico.
é o jubilo da maturidade
com as suas recebidas lisonjarias,
murmúrios e a bestialidade de sensações suaves,
afectos demasiados profanos.
o personagem do imaginário
tem voz!
e a sua arrogância é uma avalanche de ditados,
provocando velocidade e acrobacia.
é um general complexo e indecoroso.
é um frágil débil mental.
tortura a evolução harmoniosa
de virtualidades, que nos cativa ao ouvido.
será melhor permanecer superficial!
até que o odio inconsciente infeste os submissos.
nestas condições,
o personagem do imaginário,
nem com paisagens lentas nem com escolhas significativas
tem particular dificuldade em impor-se.
o personagem do imaginário
acredita que
a concepção evolui e é no seu seio
que se dá a origem do cosmos.
o personagem do imaginário
divaga no infinito do universo palpável,
sem improvisos,
renova-se em consonantes acordes
pelo o já encandeamento da percepção
vangloriada do mundo.
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